Os pensadores o iluminismo são filósofos, matemáticos, historiadores, poetas, críticos que romperam com uma série de dogmas e concepções tradicionais de seu tempo. Para se entender a importância e a inovação que suas idéias representam é preciso lembrar que eles viviam em uma sociedade que não havia mobilidade social, o rei era considerado o poder supremo em todas as esferas, e a Igreja impunha uma visão de mundo que se arrastava há séculos e que não era mais suficiente para uma sociedade com novas perguntas. Seguem abaixo alguns pensadores do iluminismo:
René Descartes: Nasceu em La Haye em Touraine (França) em 1596 e faleceu em Estocolmo em 1650. Ocupou-se da física, matemática e da filosofia. O sistema de coordenadas que usado até hoje, conhecido como “Plano Cartesiano”, possuí este nome em sua homenagem. Sua principal obra, “Discurso sobre o método” ou “Discurso do método”, editada em 1637, Descartes procura criar um método universal de verificação. Para tal, ele estabelece quatro passos:
Evidência: Só deve ser admitido como verdadeiro tudo aquilo que não tiver mais como ser colocado em dúvida.
Análise: Consiste em dividir as dificuldades para poder estudá-las separadamente, para compreender melhor o objeto de estudo.
Síntese: São as conclusões elaboradas das questões mais elementares para as mais complexas.
Enumeração ou revisão: Consiste em verificar se nada foi omitido.
Além desta, outras obras de Descartes que merecem destaque são: “Regras para a direção do espírito” (1628); “O Mundo ou Tratado da Luz” (1632); “Geometria” (1637); “Meditações Metafísicas” (1641).
Charles de Montesquieu: também conhecido como barão de Montesquieu, nasceu em Bourdéus em 1689 e faleceu em Paris em 1755. Montesquieu pensou questões relativas ao funcionamento das sociedades e sua relação com o Estado. Sua obra mais célebre, “O espírito das leis” (1748), causou diversas polêmicas em sua época e foi listada no Index da Igreja, a lista dos livros proibidos. Nestes escritos, Montesquieu defende a divisão do poder em três poderes:
Poder Executivo: Competia-lhe a administração do território, e deveria segundo Montesquieu, estar nas mãos de um monarca ou líder;
Poder Legislativo: Responsável pela criação das leis, representado pelo parlamento;
Poder Judiciário: Faz com que as leis sejam cumpridas e fiscalizadas, exercido pelos juízes.
No tempo de Montesquieu, todos esses poderes estavam concentrados nas mãos do monarca. Quando o pensador propõe esta divisão, ele está propondo também a limitação dos poderes reais. A divisão que Montesquieu propõe é atualmente e adotada pelo Brasil e por muitos estados do mundo.
Outra obra sua que merece destaque é “Cartas Persas” de 1721.
Em “Pensadores do Iluminismo II” serão abordados John Locke e Voltaire.
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